A Montenegro Urbanismo, tradicional empresa no mercado imobiliário de Fortaleza (CE), apresenta uma proposta inovadora de um distrito sustentável, o Lago Montenegro. O projeto reúne toda uma implantação facilitadora de ações sustentáveis, o que torna o empreendimento singular.
Como um dos nossos parceiros, contamos com a YBY Soluções Sustentáveis, empresa fundada em 2016, com o propósito de transformar a sociedade, despertando o protagonismo e a corresponsabilidade das pessoas dentro da cadeia de geração de resíduos, fazendo com que as mesmas sejam os próprios vetores da mudança.
Entrevistamos a diretora da YBY, Rebeca Wermont, para sabermos mais sobre a empresa, seus serviços, ações e os projetos voltados para o Lago Montenegro.
A YBY é uma empresa inovadora, voltada para soluções sustentáveis. Quais são essas soluções?
A gente costuma dizer que traz soluções para o problema do lixo nos lugares, nas cidades, nas casas, nas empresas.
Primeiro, desmistificando a ideia de que lixo não existe, ele é uma mistura poluidora que a gente cria de forma inconsciente.
Nós elaboramos soluções para aproximar as pessoas nesse tema e fazer com que elas tenham essa corresponsabilidade e encaminhe de forma correta os seus resíduos recicláveis e orgânicos.
Trabalhamos com soluções para o tratamento de resíduos orgânicos, através da compostagem. E por meio da reciclagem e da logística reversa, o tratamento dos materiais feitos pode ser recuperado em outros processos produtivos.
Como as soluções sustentáveis contribuem para o meio ambiente e a sociedade?
Em algum momento a gente se desvirtuou dessa conexão com a natureza. Nós somos, essencialmente, parte desse todo e para que a gente perpetue a nossa espécie, precisamos viver de forma a sustentar a nossa sobrevivência aqui. Então, as nossas soluções fazem com que as pessoas tenham mais consciência na forma de consumir, produzir e encaminhar, para que a gente saia de uma lógica, um pensamento linear e passe a ter um pensamento circular, onde tudo pode ser recuperado, reduzido, reutilizado, reciclado. Isso faz com que a gente amenize o impacto e a exploração ambiental, recuperando o que já existe e tornando isso possível de ser usado novamente.
Ao longo dos anos, foram surgindo diversos paradigmas no mundo corporativo que alteraram o modo como as empresas se comportam perante o seu público e a sociedade em geral. Atualmente, o quesito sustentabilidade tem tido bastante evidência. Seguindo esse pensamento, qual a importância da sustentabilidade dentro das organizações?
A sustentabilidade é um pilar fundamental para a continuidade das empresas. Hoje, temos obrigações dentro dessas corporações de promover indivíduos mais críticos, que contribuam com o melhor do mundo, para que essas empresas possam ser perpetuadas dentro do mercado.
Infelizmente, tardamos muito para chegar nesse racional, mas muitas empresas já tentam se adequar, por questões de mercado competitivo. Mas, principalmente, pelo cumprimento da sua responsabilidade sócio-ambiental, que é fundamental pela iniciativa que esses lugares promovem. E também para se adequar a mudança que o mundo precisa para que a gente continue aqui.
Tendo concretizado a parceria com a Montenegro Urbanismo, quais são os projetos previstos para o Lago Montenegro?
Esse convite foi muito especial, o Lago Montenegro é um projeto extremamente inovador. A gente teve a felicidade de sermos contemplados com as iniciativas de implementar a compostagem, que é o tratamento de resíduos orgânicos em larga escala, para os moradores deste empreendimento. Então, eles já vão estar usufruindo dessa oportunidade, entendendo a importância de tratar os seus resíduos orgânicos, produzindo vida através do processo de compostagem, nutrindo o solo, suas próprias hortas, seus jardins, se reconectando com a natureza. E também entendendo a importância de separar os materiais recicláveis, para onde vai, qual impacto positivo e negativo que essas ações têm.
Falando um pouco das oficinas que vocês oferecem no Instituto Povo do Mar (IPOM), uma organização sem fins lucrativos, que busca transformar a vida de diversas crianças e adolescentes por meio da educação, do esporte, da arte e tecnologia. Como foi que iniciou/surgiu esse projeto de colaborar com o Instituto?
É um diferencial nosso essa entrega, porque não bastava a gente implementar a solução, tínhamos que aproximar todo mundo. É importante que as pessoas que estão gerando resíduo orgânico, estejam engajadas no processo, pois todo mundo contribui.
Cada vez que sobra um restinho de alimento no prato, a gente faz a separação para que aquele material possa ser compostado.
As oficinas pretendem que as crianças consigam sair do eixo de onde estão inseridas e disseminar ideias por onde elas forem. Podendo compostar em qualquer lugar, inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo.
Existem novos projetos sendo elaborados?
A compostagem não para, ela cria braços incríveis. Nós temos uma usina de compostagem, que opera para grandes geradores que não tem uma área própria. Todo o composto gerado é doado para a agricultura familiar sustentável. Então, a gente investe continuamente em economia circular, no impacto positivo na sociedade e na natureza.
Entrevista realizada por Larissa Agda, em 24 de março de 2022, na sede do Instituto Povo do Mar.
Leia também: Sustentabilidade: o que é e qual a sua importância
