As cidades do futuro e a vida nos centros urbanos

Certamente, as cidades do futuro serão lugares onde a natureza, os animais e as construções urbanas se conectam. Esta integração resultará em espaços para troca de ideias, relaxamento e diversão. Os parques urbanos e as praças constituirão o cenário e serão incentivadores dessas e de tantas outras atividades que devem ser acessadas por toda a sociedade. Essa é a proposta do projeto Lago Montenegro – Distrito Sustentável.

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Novas perspectivas para as cidades do futuro

O planejamento urbano dos últimos anos foi pensado para carros e construções. Nesse contexto, as pessoas foram negligenciadas. Agora, surge a necessidade de novas perspectivas para o desenvolvimento urbano, com foco na sociedade. Assim, serviços, mobilidade e demais atividades que priorizem a qualidade de vida são o futuro, tendo em vista a crescente busca pelo bem estar pessoal e do planeta.

Berlim, Amsterdã, Copenhague e Miami, bem como a brasileira Pelotas, se tornaram exemplos de cidades pensadas para as pessoas, desde as construções urbanas até a preocupação com a distância entre a casa e o trabalho. Segundo pesquisadores da arquitetura urbana e bem estar, passar horas em engarrafamentos ou falta de serviços e cultura nas proximidades de um bairro é falta de qualidade de vida.

“O carro é o cigarro do futuro”

A preferência dada aos carros é um dos principais inimigos dos centros urbanos. Segundo Jaime Lerner, urbanista e ex-prefeito de Curitiba, “o carro é o cigarro do futuro”. A afirmação foi dita no Fórum de Mobilidade Urbana da Folha de S.Paulo, onde Lerner falava sobre as tendências de facilidade, bem-estar e preservação ambiental essenciais para o futuro das cidades.

É necessário pensar em soluções além de transporte, mas que englobe moradia, trabalho e mobilidade. De acordo com Jan Gehl, urbanista e filósofo das cidades, o carro espreme a vida urbana para fora das áreas públicas. Por isso, há uma necessidade de humanizar espaços para construir as cidades do futuro. Estas, devem ser formadas por edificações que viabilizem ciclovias e revitalização dos centros comunitários.

De casa ao trabalho. Aproximando as pessoas da arquitetura. Desenvolvendo cidades para serem vividas no mesmo plano, não somente paisagens apreciadas em fotos panorâmicas. Nova Iorque, uma cidade que possui cerca de oito milhões de habitantes, pode ser um exemplo de que condições melhores podem ser alcançadas quando há menos preocupação com carros e mais cuidados com as pessoas.

No Brasil, um manifesto intitulado “Simplifica Brasil”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), busca promover uma cidade com ruas vivas e vizinhança diversificada. Isto é, lugares de convivência, pensado para a sociedade, com projetos urbanísticos planejados de acordo com os referenciais das cidades do futuro. Além de serviços para suprir todas as necessidades cotidianas.

Mais espaço e tranquilidade

A construção de parques, bem como o desenvolvimento de ciclovias e ruas pacificadas, com o objetivo de proporcionar segurança para quem trafega, são o caminho para que as cidades ofereçam tudo que é necessário para uma boa qualidade de vida. Afinal, as pessoas precisam de um ambiente tranquilo para aproveitar a vida urbana sem receios. Em geral, esses projetos dependem do poder público, mas, podem ser propostos por iniciativas privadas.

As cidades do futuro devem ser pensadas para que todos se sintam representados e acolhidos, seja no paisagismo do parque, na preocupação com a mobilidade de idosos e crianças, no respeito ao meio ambiente ou na criação de atividades que contemplem a sociedade em geral. Ou seja, deve ser um ambiente pensado como uma extensão das casas dos cidadãos, excluindo a ideia de espaços distintos – morar em uma região e trabalhar em outra. Esse deslocamento gera prejuízo à mobilidade e à qualidade de vida.

Conheça o Lago Montenegro

Cidades do futuro ao redor do mundo

Pelotas – Daniel Acosta, um grande nome da pesquisa tridimensional na arte brasileira atual, é o responsável pelo design funcional da cidade de Pelotas. O artista desenvolveu pequenas ilhas de descanso em meio a vida urbana. Os mobiliários são compactos e estilizados. Além disso, podem ser transportados facilmente.

Montenegro Urbanismo - Cidades do futuro - Pelotas – Daniel Acosta

Copenhague – As bicicletas da capital dinamarquesa refletem a ideia do que é pensar as cidades do futuro: são voltadas para as pessoas. Uma das primeiras a guiar o seu desenvolvimento econômico focado na humanização. Já na década de 1950, enquanto a maioria dos governos construíam viadutos para os carros, Copenhague transformou avenidas em ciclovias.

Montenegro Urbanismo - Cidades do futuro - Copenhagu

São Francisco – O parklet, também chamado de “estacionamento para humanos” é um prolongamento da calçada, construído em vagas de estacionamentos de carros. O espaço foi adaptado para receber mesas e cadeiras de bares, cafés e restaurantes. É um convite para apreciar o movimento das pessoas enquanto toma um café ou uma cerveja.

Montenegro Urbanismo - Cidades do futuro -São Francisco - Parklet

Málaga – O metrô da cidade espanhola possui bancos e lixeiras elegantes e resistentes, equipados com espaço para extintor, que exibe a multifuncionalidade do mobiliário. Além disso, o local subterrâneo conta com um bicicletário, que completa a característica moderna do espaço e torna-se convidativo ao uso de recursos de mobilidade. O design minimalista foi desenvolvido para ser prático e confortável, satisfazendo milhares de passageiros.

Montenegro Urbanismo - Cidades do futuro - Metrô de Málaga

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